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A ciência do prazer e distração

Por que será que somos distraídos tão facilmente? Não importa o quanto saibamos, estamos sempre a procura de algo pra nos distrair ou que nos desvie de executar tarefas difíceis as quais não estamos acostumados a fazer.

Bom, não se sinta mal com isso. Na verdade, existem razões cientificas que explicam o motivo de sermos distraídos tão facilmente. Se você gosta de ciência, ficará mais fácil entender porquê nosso corpo reage da forma que reage para combater esses sentimentos, observar como eles vêm e vão e focar naquilo que vai te fazer feliz por mais tempo.

Como humanos, tratamos as distrações como se fossem recompensas por coisas que não gostamos. A maioria da psicologia com animais usa ações evidentes – como pressionar uma alavanca – para medir esse tipo de prazer. Por exemplo, se queremos saber como uma recompensa afeta um rato, iremos colocar o animal numa caixa com uma alavanca e cada vez que ele pressioná-la irá ganhar um pouco de comida.
Dessa forma, o rato irá aprender que apertar a alavanca é uma forma de conseguir comida.

Com isso, os neurocientistas puderam demonstrar que prazer imediato e felicidade duradoura são sentimentos processados por diferentes partes do cérebro.

O sistema relacionado ao prazer está localizado na parte subcortival, parte esta que é a mais parecida com a dos outros animais. A verdade é que se você recebesse uma carga elétrica nessa área, você sentiria uma onda de prazer.
Normalmente, um ser humano vivo não pode fazer isso, mas é possível acionar essas áreas do cérebro usando drogas, como heroína. Obviamente, eu não recomendo esse tipo de coisa.
Agora, prazer e distração nem sempre estão interligados. Você pode estar distraído com algo puramente material e não sentir uma onda de prazer. Quando um viciado esgota seus sensores de prazer, eles sentem muito desejo , mas não sentem felicidade alguma.

Como o desejo funciona
O desejo, que é o que nos impulsiona para a distração, ocorre em circuitos próximos, porém distintos. Esses circuitos se espalham mais ao redor do subcortical do que os circuitos do prazer, e usam mensageiros diferentes, utilizando neurotransmissores conhecidos como dopamina.

Surpreendentemente, é esse circuito – em vez do circuito que trata daquilo que gostamos – que exerce papel principal para o vício. Para viciados, a principal questão da sua condição é como as pessoas, situações e coisas podem estar associadas como lembrete de que chegou a hora de ingerir a droga.

O motivo do desejo e prazer terem circuitos tão próximos um do outro é que eles trabalham juntos, garantindo que você consiga o que você quer. Mas quando se trata de vício, a teoria é que esses circuitos trabalham separados, de forma que você tenha um desejo extremo sem ter o mesmo nível de prazer. Além disso, viciados são conhecidos por gostarem de determinada coisa menos do que aqueles que não são viciados.

Isso é o oposto da maioria das atividades, já que as pessoas tendem a fazer mais tudo aquilo que elas mais gostam de fazer. A maioria das atividades, exceto as tradições natalinas, ficar na Internet ou ver TV – nessas, você vê o mesmo padrão que um viciado em drogas – as pessoas que assistem mais são as que gostam menos.

O que tudo isso significa?
Faça uma reflexão e veja se você está sofrendo da síndrome da distração – você sente a necessidade de se distrair o tempo inteiro, mas não sente propriamente nenhum prazer quando está se distraindo. Isso é péssimo e é um sinal de que você precisa reformular sua estratégia e arrumar uma forma de focar no que é importante.

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Um grande abraço e até a próxima.

DI.