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Clubes-empresas de futebol: como começou e quais são as principais

Com o comparecimento do Red Bull Leipzig nas oitavas da Champions League e na fase de grupos, tivemos a presença do Red Bull Salzburg, que estava no grupo do atual campeão europeu Liverpool e, pela primeira vez, a aparição dos dois clubes da empresa de energético na competição europeia. Clubes-empresas estão sendo cada vez mais comum no futebol. Aqui no Brasil, temos o Bragantino, outro clube que leva o nome da Red Bull. Ele conquistou a elite do Campeonato Brasileiro e destacou-se no mercado da bola deste ano com ótima contratações.

Mas o Red Bull não é a única empresa que entrou no ramo do futebol. Temos outros exemplos de sucesso com empresas e empresários bilionários que entraram no mundo do futebol.

Um dos pioneiros em investir num clube de futebol foi o magnata russo Roman Abramovich. Em 2002, o Russo comprou o Chelsea, clube de Londres, até então, clubes-empresas eram novidade no futebol. Ele fez um investimento de 10 bilhões de dólares no clube, fazendo com que o time londrino chegasse a outro patamar e conquistasse tudo o que disputou.

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City Football Group – Manchester City

Um grupo de investidores da família real de Abu Dhabi, que é representada pelo Mansour bin Zayed Al Nahyan, ganhou uma representatividade enorme mundialmente com um feito de transformar o Manchester City, clube de segunda escalão na época, em uma das maiores potências do futebol mundial. Apesar de ainda não ter conquistado a tão sonhada Champions League, o Cityzens, como são conhecidos, conquistaram a Premier League quatro vezes, e algumas copas locais.

E, nos últimos anos, o grupo expandiu sua marca mundialmente. Foi comprando e investindo em diversos clubes espalhado pelo mundo, como o New York City (EUA), Melbourne City (Austrália), Yokohama Marinos (Japão), CA Torque (Uruguai), Girona (Espanha) e Sichuan Jiuniu (China).

Família Glazer – Manchester United

Não muito diferente do seu rival de Manchester, os Diabos Vermelhos têm suas ações pertencentes à família Glazer que possui uma fortuna estimada em 4,7 bilhões de dólares. A família Glazer controla a First Allied Corporation, dona de centenas de shopping centers nos Estados Unidos e possui negócios nos setores de alimentação, embalagem, saúde, bancos, gás natural, internet, ações e outros.

A família é dona de 90% do Manchester United, e 99% dos torcedores do Manchester querem eles longe do clube.

Suning Group – Inter de Milão

A contratação de grandes nomes do futebol mundial como Lukaku e Diego Godin, tem explicação. A Internazionale de Milão, tem como donos dois homens chineses bilionários. Com direito a 70% de ações do clube, os chineses são os responsáveis pelos altos investimentos no clube italiano. O Suning Group é a segunda maior holding com capital de 100% privada no mundo todo.

Yonghong Li – Milan

Assim como seu rival de Milão, o incansável presidente Berlusconi se rendeu à oferta milionária dos chineses e vendeu o clube. Mas nem tudo são rosas nesse investimento. O chinês faliu, fez um empréstimo com a empresa americana Elliott Management e acabou não pagando, por isso os americanos tomaram conta do clube. Mas o problema é que a empresa americana não tem o futebol como forte por isso o clube foi deixado de “lado”. Aos poucos, eles estão voltando os olhos para o clube e fazendo um investimento de 50 milhões de euro anuais.

Kroenke Sports & Entertainment – Arsenal

O americano e acionista majoritário do Arsenal, Stan Kroenke, fez uma oferta de 549 milhões de libras para ser dono clube londrino, a proposta foi aceita e hoje o grupo é dono do clube. Mas até agora não caiu nos braços dos gunners. O investimento de contratações é feito com cautela e, talvez, por isso o time não figura entre os melhores no campeonato inglês. O grupo Kroenke é dono de outras entidades do esporte, como do Colorado Rapids (futebol), Denver Nuggets (basquete) e Los Angeles Rams (NFL).

AEG – Los Angeles Galaxy

Um dos homens mais ricos dos Estados Unidos, Philip Anschutz, é um dos maiores responsáveis pela popularidade do Soccer nos EUA. Sua empresa AEG, foi uma das criadoras da MLS (Major League Soccer). E, atualmente, a empresa é dona do Los Angeles Galaxy, onde jogaram grandes nome do futebol mundial, como Ibrahimovic e David Beckham.

Clubes-empresas no Brasil

No Brasil, esse tipo de negócio começou a andar recentemente, com alguns exemplos clubes-empresas de sucesso e fracasso.

O maior exemplo de fracasso de clubes-empresas no Brasil é certamente do Figueirense-SC. Em agosto de 2017, a holding de investimentos Elephant assinou com o Figueirense um contrato que transformaria o futebol do time em uma empresa de sociedade limitada. Deu tudo errado. O contrato era de 20 anos, mas acabou se encerrando em setembro de 2020. E, com isso, quase culminou o rebaixamento do clube catarinense a série C do campeonato Brasileiro, mas, com apoio de sua torcida, o time teve forças para se manter na série B. E temos um exemplo para ser um sucesso de clube-empresa brasileiro, que é um Red Bull Bragantino. O clube do interior, que agora possui o nome ligado à maior empresa de energético do mundo, tem tudo pra dar certo. Na Europa e nos EUA, temos exemplos de sucesso e no Brasil pode seguir o mesmo caminho. No primeiro ano de parceria, o clube já conseguiu o acesso para elite do futebol brasileiro e com um orçamento de 200 milhões de reais.